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Nefrectomia radical

Nefrectomia Radical

Nefrectomia é o termo médico empregado para a retirada de um dos rins.  Esse procedimento é comumente indicado para casos de tumor maligno, perda de função renal com risco para a saúde do paciente e, em casos de doação inter vivos para transplante renal. Normalmente, a retirada de um dos rins é bem tolerada pelos pacientes desde que o rim remanescente seja normal. Poucas restrições são indicadas para esses pacientes. É necessário um acompanhamento da função renal com exames de urina, de sangue e ultrassonografia, com uma periodicidade variável conforme a idade e as patologias associadas. Os pacientes portadores de rim único devem cultivar, ainda com mais afinco, hábitos saudáveis, como toda a população em geral.

No passado, utilizava-se uma grande incisão na parede lateral ou anterior do abdome para a retirada do rim. Devido à extensão da incisão, era necessária a secção de uma grande quantidade de músculos, o que acarretava uma recuperação pós-operatória prolongada e, consequentemente, uma difícil aceitação pelos pacientes. Atualmente, a maioria absoluta dos casos de retirada de rim pode ser realizada por videolaparoscopia, que consiste na realização, na parede abdominal, de 3 a 4 orifícios, medindo 0,5 a 1,0 cm, através dos quais realiza-se todo o procedimento cirúrgico. Instrumentos especializados, incluindo câmeras microscópicas, são então utilizados para permitir uma visão ampliada da área focalizada, o que facilitará a precisão cirúrgica.
Nos casos em que o rim não precisa ser removido por inteiro, ele pode ser retirado em fragmentos por um destes portais. Quando é necessária a retirada intacta do órgão (nos casos de tumor maligno e doação para transplante renal), utiliza-se de uma pequena incisão na região mais inferior do abdome, sem a necessidade de secção de músculos. Esta incisão, conhecida tecnicamente como incisão de Pfannenstiel, é a mesma utilizada para gestantes em partos cesarianos, apresentando um excelente resultado estético, com pouca dor pós-operatória.A operação é realizada com anestesia geral e dura cerca de 2 horas. A utilização da videolaparoscopia para retirada dos rins é considerada um dos grandes avanços da urologia nos últimos anos, pois apresenta menos dor, menor tempo de internação hospitalar (24 horas em muitos casos), menor sangramento, retorno mais rápido às atividades normais e resultado estético muito melhor que o alcançado pela técnica aberta tradicional. Quando a operação está sendo realizada para remover um rim que apresenta um crescimento canceroso, a taxa de cura é igual à alcançada pela intervenção aberta.

Nefrectomia Parcial laparoscópica

A nefrectomia parcial laparoscópica é uma modalidade cirúrgica segura e eficaz para retirar um pequeno tumor renal, preservando o restante do rim. É uma técnica
minimamente invasiva, que fornece aos pacientes mais conforto e resultados equivalentes aos da cirurgia aberta tradicional.

Quando comparada à técnica convencional, a nefrectomia parcial laparoscópica obtém significativas vantagens: menos dor pós-operatória, menor tempo de internação, retorno mais rápido às atividades diárias e resultados oncológicos idênticos aos da cirurgia aberta. A nefrectomia parcial tornou-se um procedimento- padrão para selecionar pacientes com carcinoma de células renais (especialmente as de dimensões menores que 4cm, perifericamente localizadas). Os resultados da nefrectomia parcial são menos satisfatórios em pacientes com tumores maiores, adotando-se, então, a nefrectomia radical (remoção do rim inteiro) como abordagem- padrão.

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